O problema do conhecimento

1. DEFINIÇÃO DE CONHECIMENTO

"Conhecimento é a relação que se estabelece entre o espírito e o mundo, entre o sujeito cognoscente e o objeto a ser conhecido".

Gnoseologia - "Gnosis": (gr.) conhecimento Teoria do conhecimento, estudo sistemático e científico a respeito do conhecimento humano.

Epistemologia - "Epistemé": (gr.) saber

O PROBLEMA DO CONHECIMENTO tem sua origem entre os gregos, passou até a Idade Média, atingiu o Renascimento, tornou-se o eixo da filosofia kantiana, chegando aos nossos dias.

Até a época do Renascimento a filosofia se orienta inteiramente para a ONTOLOGIA - estudo do ser.

A partir do Renascimento, mais precisamente na obra do pensador alemão Immanuel Kant há uma mudança no campo da filosofia, que passa a se orientar pelo "conhecer"- é a fase da GNOSEOLOGIA ou EPISTEMOLOGIA. A filosofia que era uma METAFÍSICA ou "FILOSOFIA DO SER" passa a ser uma gnoseologia ou "Filosofia do conhecer".

GÊNERO: a classe que tem maior extensão do que a espécie.

ABSTRAÇÃO - função peculiar do intelecto humano que permite ao sujeito cognoscente caminhar no sentido de generalidade continuada, saindo do individual sensível até atingir a conceptualidade pura, consubstanciada na IDÉIA.

Mais recentemente a preocupação da filosofia passa a ser com a ONTOGNOSEOLOGIA, que tem por objeto o estudo das inter-relações do ser e do conhecer, acentuando a importância do ato de conhecer, sem deixar de lado a indagação ontológica.

O QUE É O CONHECIMENTO? Há diversidade de respostas - depende do ângulo filosófico em que se coloca o observador.

Para a fenomenologia: conhecimento é apreensão. É ato pelo qual o sujeito cognoscente apreende ou captura o objeto cognoscível. Conhecimento é a representação do objeto dentro do sujeito. Não há conhecimento sem a presença dos termos fundamentais do binômio sujeito-objeto O sujeito cognoscente é o homem enquanto conhece.

2. QUAL A ORIGEM DO CONHECIMENTO

NASCIMENTO CONCEITUAL: FONTES DE ONDE EMANA O CONHECIMENTO

Quais as fontes do conhecimento? O conhecimento nasce na experiência? Ou sua fonte é a razão? Ou ambas?

O HOMEM É FORMADO DE SENTIDOS E INTELECTO: pelos sentidos o homem entra em contato com o meio circunvizinho, experimentando sensações pela vista, audição, tacto olfato e paladar - CONHECIMENTO SENSORIAL.

IMAGEM: é a lembrança da sensação. É representação concreta, específica, individualizada.

O CONHECIMENTO INTELECTUAL é diferente: trata-se de representação mental desprovida dos caracteres individualizadores: trabalha-se com IDÉIAS, não com imagens. É representação genérica, dentro da qual cabem todos os objetos do mesmo GÊNERO.

3. EMPIRISMO X RACIONALISMO

3.1 EMPIRISMO

EMPIRISMO: do grego "empeiria"= experiência - afirma que a origem do conhecimento é a experiência. A fonte do conhecimento é experimental, porque não há patrimônio a priori da razão. O sujeito cognoscente extrai seus conteúdos da experiência.

Ao nascer o espírito humano é vazio, assemelhando-se a uma "tábula raza", a um papel em branco: "Anima est tabula rasa in qua nihil seriptum est." (John LOCKE)

Nada existe no intelecto que antes não tenha passado pelos sentidos ou estado nos sentido - "Nihil est in intelecto quod prius non fuerit in sensibus" proclamam os empiristas como axioma fundamental - "o conhecimento dos princípios nos chega a partir dos sentidos".

3.2 RACIONALISMO

Doutrina que privilegia a razão* dentre todas as faculdades humanas, considerando-a como fundamento de todo conhecimento* possível. O racionalismo considera que o real é em última análise racional e que a razão é portanto capaz de conhecer o real e de chegar à verdade sobre a natureza das coisas.

*RAZÃO: faculdade de julgar que caracteriza o ser humano.

"A capacidade de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso, que é o que propriamente se denomina o bom senso ou razão, é naturalmente igual em todos os homens" (Descartes, Discurso do Método).

* Conhecer: (lat. Cognoscere) - Apreender diretamente algo. "Conhecer designa um gênero cujas espécies são constatar, compreender, perceber, conceber, etc."(A. Lalande)

* CONHECIMENTO: (lat. Cognoscere - procurar, saber, conhecer) 1. Função ou ato da vida psíquica tendo por efeito tornar um objeto presente aos sentidos ou à inteligência.

2. Apropriação intelectual de determinado campo empírico ou ideal de dados, tendo em vista dominá-los e utilizá-los. O termo "conhecimento"designa tanto a coisa conhecida quanto o ato de conhecer (subjetivo) e o fato de conhecer.

3. A teoria do conhecimento é ma disciplina filosófica tendo por objetivo estudar os problemas levantados pela relação entre o sujeito cognoscente e o objeto conhecido. As teorias empiristas do conhecimento (como a de Hume) se opõem às intelectualistas (como a de Descartes).

3.3 INTELECTUALISMO

1. concepção segundo a qual o intelecto ou o entendimento é o fundamento principal ou único do conhecimento e da ação humanos. Oposto a experimentalismo.

2. Doutrina que afirma a superioridade das funções intelectuais, às quais se reduzem todas as outras, e que priveligia o pensamento conceitual ou discursivo.

3. Doutrina segundo a qual a realidade é de natureza inteligível, podendo ser conhecida pela razão humana. (racionalismo).

4. I L U M I N I S M O

Movimento filosófico, também conhecido como Esclarecimento, Ilustração ou Século das Luzes, que se desenvolve notadamente na França, Alemanha e Inglaterra no séc. XVIII, caracterizando-se pela defesa da ciência e da racionalidade crítica, contra a fé, a superstição e o dogma religioso. É muito mais do que um movimento filosófico, tendo uma dimensão literária, artística e política. O Iluminismo visava combater o absolutismo, a influência da Igreja e da tradição, considerando a razão como único meio para se atingir a completa sabedoria.

4.1 IMMANUEL KANT

1724-1804 - Königsberg - Prússia Oriental (Alemanha Oriental) atualmente Kaliningrado Rússia.

Um dos filósofos que influenciou profundamente a filosofia contemporânea.

O pensamento de Kant é dividido em duas fases:

1) Pré-crítica (1755-80) - totalmente inserido na tradição do sistema metafísico de Leibniz e Wolff, dominante nos meios acadêmicos.

2) Crítica (1781 em diante) - inicia-se por influência de suas leituras dos empiristas ingleses, sobretudo de Hume. É famosa sua afirmação nos Prolegômenos de que "Hume despertou-me de meus sono dogmático". As objeções céticas de Hume ao racionalismo dogmático e à metafísica especulativa levam Kant a questionar e reconsiderar essa tradição, ao mesmo tempo procurando defender a possibilidade da ciência e da moral, contra o ceticismo arrasador de Hume.

A filosofia crítica se resume a quatro grandes questões:

1) o que podemos saber?;

2) o que devemos fazer?

3) o que temos direito de esperar?;

4) o que é o homem?

Em Lógica (1800), Kant afirma que "a filosofia (...) é a ciência, de um lado, da relação entre todo conhecimento e todo uso da razão; e. de outro, do fim último da razão humana, fim este ao qual todos os outros se encontram subordinados e para o qual devem unificar".


A primeira questão é tratada essencialmente na Crítica da razão pura, em que Kant investiga os limites do emprego da razão no conhecimento, procurando estabelecer as condições de possibilidade de conhecimento e assim distinguir os usos legítimos da razão na produção de conhecimento, dos usos especulativos da razão, que, embora inevitáveis, não produzem conhecimento e devem ser distinguidos da ciência.

São duas as fontes de conhecimento humano: a sensibilidade e o entendimento. Através da primeira, os objetos nos são dados; através do segundo, são pensados. Só pela conjugação desses dois elementos é possível a experiência do real. Por outro lado, nossa experiência da realidade é condicionada por essa estrutura em que se combinam sensibilidade e entendimento, de tal forma que só conhecemos realmente o mundo dos fenômenos, da experiência, dos objetos enquanto se relacionam a nós, sujeitos, e não a realidade em si, tal qual ela é, independente de qualquer relação de conhecimento.

A Crítica da razão prática (1788) analisa os fundamentos da lei moral, formulando o famoso princípio do IMPERATIVO CATEGÓRICO: "age de tal forma que a norma de tua ação possa ser tomada como uma lei universal". Trata-se de um princípio forma e universal, estabelecendo que devemos basear nossa conduta em valores que todos possam adotar, embora não prescrevendo especificamente quais são esses valores.

Na Crítica da faculdade de julgar (1790), Kant procura estabelecer as bases objetivas para o juízo estético, em um princípio semelhante ao ético. Na verdade, essa obra vai além da questão estética, envolvendo todo juízo teleológico e o reconhecimento de um fim ou propósito que daria sentido à natureza.

Kant escreveu: Prolegômenos a toda metafísica futura (1783); Fundamentos da metafísica futura (1785); Religião nos limites simples da razão (1893); Lógica (1800), além de muitos textos: A idéia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita (1784); O que significa o Iluminismo? (1783)

4.2 Kantismo

Foi a grande influência de Kant em sua época, sobretudo após a publicação da Critica da razão pura (1781), tendo surgido vários seguidores da sua chamada FILOSOFIA CRÍTICA bem como de pensadores tradicionalistas que reagiram contra ela por considerá-la um ataque a metafísica.

Kantismo designa essencialmente a filosofia crítica - o método analítico transcendental - e a conseqüente rejeição da metafísica especulativa, representando a última etapa do racionalismo iluminista, que dará lugar, com o idealismo alemão pós-kantiano, à filosofia romântica, de Shelling, ao idealismo subjetivista de Fichte, e ao idealismo absoluto de Hegel, todos igualmente influenciados pelo pensamento de Kant, ainda que rompendo explicitamente com o kantismo

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5. SÉCULO XIX - CONTEXTO HISTÓRICO

primeira metade do século: após a queda de Napoleão, em Waterloo (1815), surge a RESTAURAÇÃO, movimento que pretende estabelecer o absolutismo. Independência do Brasil (1822).

segunda metade do século: na França, Luís Napoleão restabelece o Império, Unificação italiana e alemã. Guerra franco-prussiana (1870-1871). Guerra de Secessão nos E.U.A (1861). Proclamação da República brasileira (1889). Incorporações de novas fontes de energia: eletricidade e petróleo. Surgimento do socialismo. Literatura: romantismo, realismo, parnasianismo e simbolismo.

5.1 CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA

Valorização da ciência e extensão do método científico a outras disciplinas.

Confiança no progresso indefinido - material e moral - da humanidade.

As correntes filosóficas que predominam no período são: POSITIVISMO - SOCIALISMO (em todas as suas formas) no contexto da filosofia política.

A psicologia (Wundt) e a sociologia (Comte) se separam da filosofia e se tornam ciências independentes, dando início à formação das ciências humanas.

5.2 FILÓSOFOS IMPORTANTES

Idealismo: Fichte, Schelling, Schopenhauer, Hegel

Positivismo: Comte, Taine, Stuart Mill, Spencer

Evolucionismo: Darwin

Pragmatismo: William James, Dewey, Pierce

Socialismo: Saint-Simon, Fourier. Owen. Proudhon, Feuerbach, Marx, Engels

Fenomenologia: Brentan, Husserl, Scheller, Hartmann

5.3 AUGUSTO COMTE

(1789-1857 - Montpellier - FR) criador do POSITIVISMO, discípulo de Saint-Simon, pode ser considerado não só filósofo como reformador social, sendo que a reforma que pretende pressupõe, por sua vez a reforma do saber, já que a sociedade se caracteriza exatamente pela etapa de desenvolvimento espiritual que atingiu.

O termo "POSITIVISMO" deriva-se da lei dos três estados que Comte formula em sua teoria da história, designando as características globais da humanidade em seus períodos históricos básicos: o teológico, o metafísico e o positivo. A característica essencial do estado positivo é ter atingido a ciência, quando o espírito supera toda a especulação e toda a transcendência, definindo-se pela verificação e comprovação das leis que se originam na experiência. Comte é considerado o criador da SOCIOLOGIA, procurando conciliar em sua proposta política de reforma social elementos da política conservadora, como a defesa da ordem, e da corrente liberal e progressista, como necessidade do progresso. Daí o famoso lema positivismo comtiano:

"o amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim".

As idéias de Comte tiveram grande influência no Brasil na formação do pensamento republicano a partir da segunda metade do século XIX, encontrando-se muitas idéias positivistas incorporadas à Constituição de 1891, bem com no lema da bandeira nacional: "Ordem e Progresso".

Comte escreveu inúmeras obras: Curso de Filosofia Positivista (1830-48); Sistema de política positiva (1851-54) e Catecismo Positivista (1850)

5.4 POSITIVISMO - (fr. Positivisme) -

1 - Sistema filosófico formulado por Augusto Comte, tendo como núcleo sua teoria dos três estados, segundo o qual o espírito humano, ou seja, a sociedade, a cultura, passam por três estados: a teológica, a metafísica e a positiva. As chamadas ciências positivas surgem apenas quando a humanidade atinge a terceira etapa, sua maioridade, rompendo com as anteriores.

Para Comte, as ciência se ordenam hierarquicamente da seguinte forma: matemática, astronomia, física, química, biologia, sociologia; cada uma tomando por base a anterior e atingindo um nível mais elevado de complexidade. A finalidade última do sistema é política, organizar a sociedade cientificamente com base nos princípios estabelecidos pelas ciências positivas.

2 - Em sentido mais amplo, um tanto vago, o termo "positivismo" designa várias doutrinas filosófica do séc. XIX, como as de Stuart Mill, Spencer, March e outros, se caracterizam pela valorização de um método empirista e quantitativo, pela defesa da experiência sensível como fonte principal do conhecimento, pela hostilidade em relação ao idealismo, e pela consideração das ciências empírico-formais como paradigmas de cientificidade e modelos para as demais ciências.

3 - positivo (lat. Positivus): que existe, que é real, palpável, concreto, factual.

5.5. SOCIALISMO -

termo que designa, sobretudo a partir do séc. XIX, diferentes doutrinas políticas tais como o socialismo de Marx, de Saint-Simon, de Fourier, de Proudhon, etc. Todas essas doutrinas têm, entretanto, em comum uma proposta de mudança da organização econômica e política da sociedade, visando o interesse geral, contra o interesse de uma ou mais classes privilegiadas, com base nas idéias de igualdade e justiça social.

Distingue-se o socialismo democrático, que prega essas mudanças por via institucional, através de reformas defendidas e realizadas como parte do processo democrático, do socialismo revolucionário, que defende a necessidade de mudanças radicais através de um processo revolucionário de transformação da sociedade

5.6 COMUNISMO

Todo regime político (ou teoria política) fundado na colocação em comum dos bens ou que absorve os indivíduos na coletividade.

Na teoria marxista, o comunismo é sinônimo de marxismo-leninismo, tanto pode designar a doutrina revolucionária visando a emancipação do proletariado pela apropriação coletiva dos meios de produção quanto o regime político-econômico de tipo coletivista no qual a ditadura do proletariado se estabelece pela destruição total da burguesia, pela abolição das classes sociais e pelo desenvolvimento das forças de produção segundo a forma:"a cada um segundo seu trabalho ou a cada um segundo suas obras"(fase do socialismo); numa segunda fase, a realização de uma sociedade da abundância deve levar à supressão total do Estado, segundo a fórmula: "a cada um segundo as suas necessidades". Esta é a fase do comunismo propriamente dito: "O proletariado se apodera do poder público e, em virtude desse poder, transforma os meios de produção sociais, que escapam das mãos da burguesia, em propriedade pública. Por esse ato, ele libera os meios de produção de sua qualidade anterior de capital e dá ao seu caráter social segundo um plano determinado. Na medida em que desaparece a anarquia da produção social, a autoridade política do Estado também desaparece" (Engels).

5.7 MARXISMO

termo que designa tanto o pensamento de Karl Marx e de seu principal colaborador Friedrich Engels, como também as diferentes correntes que se desenvolveram a partir do pensamento de Marx, levando a se distinguir, por vezes, entre o marxismo (relativo a esses desenvolvimentos) e o pensamento marxiano (do próprio Marx). A obra de Marx estende-se em múltiplas direções, incluindo não só a filosofia, como a economia, a ciência política, a história, etc.; e sua imensa influência se encontra em todas essa áreas. O marxismo e, por vezes, também conhecido como materialismo histórico, materialismo dialético e socialismo científico (termo empregado por Engels).

O pensamento filosófico de Marx desenvolve-se a partir de uma crítica da filosofia hegeliana e da tradição racionalista, considerando que essa tradição, por manter suas análises no plano das idéias, do espírito, da consciência humana, não chegava a ser suficientemente crítica por não atingir a verdadeira origem dessas idéias, que estaria na base material da sociedade, em sua estrutura econômica e nas relações de produção que esta mantém. Isto equivaleria, segundo Marx, a "colocar o homem de cabeça para baixo". Seria portanto necessário analisar o capitalismo - modo de produção da sociedade contemporânea a Marx - para revelar sua natureza de dominação e exploração do proletariado, e desmascará-la.

O pensamento de Marx não se restringe a uma análise teórica, mas busca formular os princípios de uma prática política voltada para a revolução que destruiria a sociedade capitalista para construir o socialismo, a sociedade sem classes, chegando ao fim do Estado. "os filósofos sempre se preocuparam em interpretar a realidade, é preciso agora transformá-la".

O marxismo se desenvolveu em várias correntes que podemos subdividir em políticas e teóricas, embora nem sempre a fronteira entre elas seja muito nítida. Dentre as correntes políticas temos, p. ex.: o marxismo-leninismo, ou simplesmente Leninismo, também chamado de marxismo ortodoxo, ou materialismo dialético, que tornou-se a doutrina oficial na União Soviética após a Revolução de 1917; o trotskismo, de Leon Trotsky, que defendeu contra o leninismo a teoria da revolução permanente; o maoísmo, doutrina desenvolvida por Mao Tsé-tung, que chegou à China após a revolução de 1947.

Dentre as correntes teóricas: Karl Kautsky (Alemanha - 1854-1938), seguidor de Marx, defensor de um socialismo revolucionário; Georg Lukács (Hungria - 1885-1971) propõe interpretação de Marx valorizando suas raízes hegelianas; Antonio Gramisci (Itália - 1891-1937) - fundador do Partido Comunista Italiano e que desenvolveu uma filosofia da praxis; Louis Althusser (França - 1918 - ), que faz uma leitura de Marx em uma perspectiva estruturalista, etc.

5. 8 KARL MARX

(Trier - Al - 1818-1883) de família judia convertida ao Protestantismo.

O pensamento de Marx desenvolve-se a partir do contato com a obra do economista Adam Smith e David Ricardo, e da ruptura com o pensamento hegeliano e com a tradição idealista da filosofia alemã. Surge o materialismo histórico, segundo o qual as relações sociais são determinadas pela satisfação das necessidades da vida humana, não sendo apenas uma forma, dentre ouras, da atividade humana, mas a condição fundamental de toda a história. Logo, a economia política, que estuda a natureza dessas relações de produção, deve ser a base de todo o estudo sobre o homem, sua vida social e sua expressão cultural.

Grande parte das obras de Marx foram escritas em colaboração com Engels, sendo difícil separar suas idéias. Marx escreveu grande número de artigos para jornais, meio como ganhou a vida em Londres. Nunca abandonou a militância política, nem a convicção de que a tarefa de uma filosofia, que se queria verdadeiramente crítica, deve ser a transformação da realidade

Principais obras: A crítica da filosofia de Hegel (1843); A sagrada família (1845); A ideologia alemã (1845-46); 18 Brunários de Luís Bonaparte ( 1852); O Capital, 3 vols. (1887-95), com a colaboração de Engels; etc.

 

BIBLIOGRAFIA

 

1) CARDOSO, M.C. & DOMINGUES, M. O Trabalho Científico.  São Paulo : Jalovi.

 

2) HUISMAN, D, & VERGEZ, A. O Conhecimento. Rio de Janeiro : Freitas Bastos.

 

3) JOLIVET, R. Tratado de Filosofia.  Rio de Janeiro :  Agir.

 

4) MARITAIN, J. Introdução geral à Filosofia. São Paulo : F.T.D.

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